segunda-feira, 24 de setembro de 2012

força e feminilidade


teste


e se eu ficasse mais tempo aqui, o que aconteceria? Essa pergunta foi a chave de acesso para o redimensionamento de um grito coreográfico cheio de sensações e sentimentos. Partindo disso uma tal mulher é criada. Essa tal muher, são muitas. Seu lugar é seu brilho e muitas se foram para que outras viessem. Seu grito é de dor e de busca. Ela se pinta para se mostrar e para se esconder. Se mostra – seduz, se mostra – bruta. Bel Nejur veste essas mulheres e caminha em busca de atenção.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

experimento

Casa Hoffmann| Agosto de 2012| câmera do celular
Assista passando rápido algumas vezes


segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sertão Urbano



Essa música agora faz parte do processo de criação do projeto
Curumin e Arnaldo Antunes


havia um cidadão 
bem perdido na imensidão 
sente muito, sim senhor 
vai pra rua descobrir 
sua reta e sua rosa 
arriando o céu com a mão 

cada ser tão solitário 
tem um sertão no peito 
tem saudade do sábado 
do sofá, do travesseiro 
e corre a rua no seu carro 
segue o ritmo da irritação 
arrisca ser mais rápido que o relógio 
que a rotina do seu rumo 
que o roubo do ladrão 
e no sinal, parado 
procura o vôo de um pássaro 
que mora nos segredos do céu 
e se sente cansado e só 
imenso sonho de saudade 
cumpre-se no sofrimento do som cidadão 
sobe a antena mais alta 
e vê que estranha beleza essa cidade 
do sensato soldado de segunda 
do sono e do sol 
que procura uma sombra de poluição 
enquanto desce o precipício 
e nem percebe que os prédios cresceram mais do que o olho alcança 
e sente falta daquilo que não viu 

havia um cidadão 
bem perdido na imensidão 
sentimento, sim senhor 
mas na rua descobriu 
sua reta e sua rosa 
arriando o céu com a mão 

sábado, 21 de julho de 2012

ensaioo

Poderia ser uma boneca -chaveiro


                        Poderia ser uma TV Colorado do Seu Zé


Poderia ser um acordeon antigo - que funciona












Poderia ser um sofá que parece joguinho do Atari

quinta-feira, 19 de julho de 2012

experimento!?


Casa Hoffmann | 17 de julho de 2012


*propostas planejadas - **improvisos
1- batom vermelho
2- batom vermelho + música


* Escutar a música com fone de ouvido depois procurar movimentos pensando na música. O que dessa música fica no corpo? O que dessa música vira dança?


** Um quadrado de tapete vermelho no canto do espaço com um fone de ouvido vindo de cima ou em cima do tapete, nele toca a música Gritos ou um texto... mais de uma coisa acontece na mesma hora... o público pode me ver dançar com o fone de ouvido por exemplo


**|* Fazer um vídeo em um local que tenha terra e o Israel tocando cello. Onde? Quem filma? Falar com Gabriel Machado


** Penso em uma luz que dê a sensação de caixa preta


** Improvisar com salto. O que fica do sapato de salto em mim? O que desse salto vira dança?


Duas movimentações estão recorrentes nos meus improvisos quando escuto ou penso na música Gritos:
- nível baixo, denso, tento me esticar mais não consigo, nascimento
- em pé na ponta dos pés como se estivesse de salto, espasmada, com pequenos movimentos nas pontas dos dedos das mãos, me vem na cabeça o texto que fiz no exercício de escrita automática

Pergunta | F - fresta e ficar | Entre


Um corpo que passa pelo chão é o mesmo que voa
e se isso for uma pergunta
pergunta pra ela que dança e esfrega seu corpo no espaço como um gato no cio
como o cio da vontade
como a vontade de ir
como a paz de ficar
e das escolhas
qual escolho (?) e se isso for uma pergunta 
pergunta pra ela que escolhe tanto tanto tanto diferente
O corpo espasmado
que chora
que ri
que espasma como pequenos sustos
como golfos internos
como lapsos
lapsos corporais
lapsos de memória
como se fosse e ficasse a cada segundo
A mão sua
o corpo esquenta
o sol aquece o corpo cheio de fungos
de rachaduras
de entres
é lá que eles habitam
é lá que se proliferam.

Texto retirado do exercício de escrita automática - Oficina Cândida Monte | Casa Hoffmann 


poderia ser como


Poderia ser um objeto como batom vermelho
Poderia ser um prato como sopa de feijão com pimenta branca
Poderia ser uma canção como a que chamo de “gritos” de uma atista que ainda não conheço
Poderia ser um personagem de ficção como o Curinga
Poderia ser um filme como um romance impossível do Wong Kar Wai
Poderia ser um lugar como Nova Iorque
Poderia ser um aviso como “Cuidado, cão bravo”
Podia ser um elemento como terra
Poderia ser um efeito como alucinógeno
Poderia ser um vegetal como beterraba
Poderia ser um planeta como Marte
Poderia ser um advérbio de tempo como?
Poderia ser uma estação do ano como o inverno tenebroso de Curitiba
Poderia ser como uma águia
Poderia ser como um grito
Poderia ser uma cor como vermelho aberto
Poderia ser como um clima úmido
Poderia ser como uma roupa pelada
Poderia ser como uma cereja
Poderia ser como uma viagem às matas fechadas da Amazônia
Poderia ser como um amor platônico
Poderia ser como uma neosaldina
Poderia ser como às 21 horas
Poderia ser como Nina Simone
Poderia ser como o meu avô – Seu Zé, um nordestino vindo do Crato para o Acre
Poderia ser como o quadro ? do Basquiat
Poderia ser como um sapato de salto fino preto com sola vermelha
Poderia ser como uma colher grande
Poderia ser como um bandinho
Poderia ser como um mês como novembro
Poderia ser um metiêr como um açougueiro
Poderia ser como um grande livro de porção mágica
Poderia ser como a citação de Oscar Niemayer “Os fudidos não tem vez”
Poderia ser uma estampa como renda preta
Poderia ser uma parte do corpo como panturrilha
Poderia ser uma dança como pausa
Poderia ser uma cena como um nascimento
Poderia ser um costume como andar descalço
Poderia ser um prazer como um beijo forte e lento
Poderia ser um revestimento como madeira preta
Poderia ser uma época como a década de 50
Poderia ser um gesto como um tapa na cara
Poderia ser uma língua como o italiano
Poderia ser um sintoma como repetitivo|compulsivo
 Poderia ser uma dor como dor de cabeça
Poderia ser uma bebida como Bloody Mary
Poderia ser como diferente.